Encarar de frente o vício e encontrar ferramentas para combatê-lo é um desafio que muitos enfrentam ao entrar no grupo de tratamento antitabagismo "Respirando Saúde".
A Secretaria de Saúde, através do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), acompanhada pela equipe Multiprofissional, realizou na noite de ontem (30), uma Mesa-Redonda para alertar sobre complicações evitáveis relacionadas ao tabagismo.
Durante o encontro, algumas pessoas deram seus depoimentos sobre se libertar do vício de fumar e os malefícios ocasionados à saúde. Foi o caso de Maria Ana Souza Filha, de 76 anos, que teve Câncer de laringe (cordas vocais) e teve como consequências a rouquidão, dores de garganta, dificuldade para engolir e respirar. "Passei anos da minha vida fumando e o câncer me fez parar com o vício que quase me levou à morte. Carrego hoje as consequência e marcas de uma escolha errada. Não foi fácil abandonar o vício, mas foi uma decisão definitiva na minha vida", contou Maria.
Após a cirurgia que Maria passou, ela segue sendo acompanhada pela equipe Multiprofissional, composta por psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, dentista, profissional de educação física, fonoaudiólogo, médico, terapeuta ocupacional e assistente social, dando todo o suporte necessário para trabalhar e conscientizar sobre complicações evitáveis relacionadas ao tabagismo.
O Programa Nacional de Controle do Tabagismo é um programa do Instituto Nacional de Combate ao Câncer - Inca, que tem como objetivo reduzir a prevalência de fumantes e consequentemente reduzir os danos causados por ele.
O tratamento para cessação do cigarro consiste em quatro encontros estabelecidos pelo programa, seguindo um manual com técnicas e informações que auxiliam nesse processo. Também são fornecidos medicamentos como os adesivos de nicotina e em alguns casos bupropiona, quando avaliada a necessidade de uso dos mesmos.
Vale lembrar que as vagas do programa são limitadas.
Esse evento faz parte de uma programação nacional, que está alinhada à data do Dia Mundial Sem Tabaco definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
